A participação do presidente chinês, Xi Jinping, na cerimônia de abertura da 4ª Reunião Ministerial do Fórum China-CELAC (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), realizada nesta segunda-feira (13), e seu discurso feito na ocasião despertaram internacionalmente muita atenção. Xi Jinping formalizou a intenção chinesa de lançar cinco projetos de mãos dadas com os países latino-americanos e caribenhos, visando ao desenvolvimento e à revitalização, e de construir uma comunidade com futuro compartilhado entre a China e a América Latina e Caribe (ALC).
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Na reunião, foram aprovados a Declaração de Beijing e um plano de ação conjunta, emitindo a “voz da China-ALC” no sentido de unir-se para colaboração e enfrentamento conjunto de desafios. O fundador do Brasil 247, um dos maiores portais brasileiros de notícias, Leonardo Attuch, pontuou que a Declaração de Beijing ficará marcada na história, e que a América Latina criará um novo capítulo de refundação e protagonismo de seu próprio destino.
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Este ano marca o decênio do Fórum China-CELAC desde o início de sua operação oficial. Nos últimos 10 anos, o presidente Xi Jinping realizou sucessivamente seis visitas à região da América Latina e do Caribe, havendo elaborado pessoalmente o plano de desenvolvimento do relacionamento chinês com a região. Os dois lados implementaram mais de 200 projetos de construção de infraestruturas por meio da cooperação de alta qualidade sob o quadro da Iniciativa Cinturão e Rota, criando milhões de postos de emprego. Também lançaram o Programa de Formação de Líderes Juvenis China-ALC, Programa de Parceria Científico-Tecnológica China-ALC e realizaram o Ano de Intercâmbio Cultural China-ALC. Tudo isso traduz, nas palavras do líder chinês, que “O Fórum China-CELAC já cresceu de uma muda tenra a uma árvore robusta.”
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Olhando para o futuro, como essa árvore pode dar frutos? E como a comunidade com futuro compartilhado entre a China e a ALC pode se aprofundar cada vez mais? A parte chinesa manifestou sua disposição de lançar os programas de Solidariedade, Desenvolvimento, Civilização, Paz e Conectividade.
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Por que o Programa de Solidariedade está em primeiro lugar? Isso se deve não apenas às experiências bem-sucedidas na construção de uma comunidade com futuro compartilhado em que a China e a ALC trabalham de mão dadas para um avanço, como também ao fato de que, diante do avanço de uma “hegemonia unilateral”, transigência e apaziguamento não são o caminho para a resolução, e só a unidade pode conquistar respeito. A parte chinesa ressaltou que está a disposta a continuar trabalhando juntamente com os países da ALC para apoiarem-se mutuamente em questões relativas aos interesses essenciais e às principais preocupações, e a salvaguardar firmemente o sistema internacional que tem a Organização das Nações Unidas como núcleo e a ordem mundial baseada no Direito Internacional.
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Os programas de Desenvolvimento, de Civilização e de Paz correspondem respectivamente à Iniciativa de Desenvolvimento Global, à Iniciativa de Civilização Global e à Iniciativa de Segurança Global propostas pela China. O Programa de Desenvolvimento tem capturado muita atenção. Em 2024, o volume de comércio entre a China e a ALC alcançou US$ 518,4 bilhões, o dobro de uma década atrás. No futuro, os dois lados reforçarão a conectividade das estratégias de desenvolvimento, impulsionarão profundamente a cooperação de alta qualidade sob o quadro da Iniciativa Cinturão e Seda, bem como aprofundarão a colaboração nas áreas tradicionais como as de infraestrutura, agricultura e cereais, energia e minerais. Além disso, ampliarão a cooperação nos setores emergentes, incluindo energia limpa, comunicação em 5G, economia digital e inteligência artificial. A “preciosidade” das relações entre a China e a ALC está aumentando constantemente.