Recentemente, têm sido intensas as interações diplomáticas de alto nível entre a China e a União Europeia (UE). Na segunda-feira (19), o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Johann Wadephul, e o chanceler da Polônia, Radoslaw Sikorski, conversaram por telefone com Wang Yi. Ainda no mesmo dia, o ministro das Relações Exteriores dinamarquês realizou uma visita oficial à China. Na quarta-feira (21), o chanceler holandês também veio à China. Em meio a esses encontros, quais têm sido os principais pontos de interesse do lado europeu?
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Durante a conversa telefônica, Wadephul destacou que as relações entre Alemanha e China são de grande importância para o desenvolvimento econômico global e para o futuro da comunidade internacional. Por sua vez, o chanceler polonês afirmou que a Polônia está comprometida em fortalecer os intercâmbios em todos os níveis com a China, aprofundar a cooperação mutuamente benéfica em diversas áreas e preservar conjuntamente a ordem internacional estabelecida após a Segunda Guerra Mundial.
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Na visita à China, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Rasmussen, salientou que é necessário aprofundar a cooperação em setores como investimentos e transição ecológica. Ele reiterou a firme defesa da Dinamarca ao livre comércio, posicionando-se contra o desacoplamento e alertando que guerras comerciais não servem aos interesses de nenhuma das partes.
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A cooperação mutuamente benéfica e a estabilidade tem sido um ponto central dessas interações, sobretudo diante de um cenário internacional marcado por tensões comerciais e conflitos regionais. Desde o estabelecimento das relações diplomáticas há meio século, o comércio entre a China e a UE passou a representar mais de um quarto do volume global. Como duas das principais forças que impulsionam a multipolarização e defendem a globalização, China e UE enxergam em sua parceria estratégica não apenas ganhos compartilhados, mas também uma importante contribuição para a estabilidade mundial.